Resenha: The Kite Runner — Khaled Hosseini

Guilherme Góes
2 min readAug 23, 2021

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The Kite Runner (em português: o caçador de pipas) é o mais famoso romance do renomado autor afegão Khaled Hosseini, lançado no ano de 2003.

A obra gira em torno da história de dois meninos: Amir, filho de um dos principais comerciantes da cidade de Cabul, e Hassan, filho do empregado da família de Amir e leal serviçal do garoto.

Ao narrar a trajetória de vida dos protagonistas, o escritor afegão destaca diversos acontecimentos interessantes sobre a história do conturbado país da Ásia central, entre eles: o golpe militar contra o monarca Maomé Zair Xá e a transição do governo para o modelo republicano, a discriminação étnica contra a minoria Hazara, a invasão soviética no final dos anos 1970s, a fuga em massa dos cidadãos afegãos durante o período de guerra, a resistência das tribos Mujahidin contra as políticas de Moscou, a tomada do poder pelo grupo extremista Talibã em meados da década de 1990 e suas radicais imposições sociais e a ocupação americana após os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra as torres gêmeas na cidade de Nova Iorque). Além disso, o escritor fornece diversas passagens ricas em emoções e conflitos, que levantam questionamentos sobre divergências familiares, traições e sentimento de culpa acerca de erros cometidos no passado cujas memórias continuam a rondar a mente vários anos após o cometimento de tais falhas.

The Kite Runner é uma obra recomendadíssima para aqueles que desejam mergulhar em uma narrativa emocionante, chamativa e repleta de desdobramentos. Igualmente, o livro oferece detalhes e informações ricas sobre história, geopolítica e a cultura da nação afegã — algo de extrema relevância para compreender melhor o delicado momento na qual o país passa neste ano de 2021 com a retirada das tropas norte americanas após 20 anos de atuação militar, a retomada do grupo islâmico Talibã ao controle do país e as graves violações contra as liberdades individuais e direitos humanos que essa organização extremista impõe contra a população civil.

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Guilherme Góes

Estudante de jornalismo. Escrevo sobre o que tenho vontade, sem compromisso em tentar emular algum tipo de intelectualidade ou agradar terceiros.